quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Alguns tipos de filosofia

Filosofia greco-romana 

A filosofia greco-romana foi a maneira com que os antigos gregos e romanos sistematizaram, nos últimos cinco séculos antes de Cristo, uma forma de conhecimento, um modo de reflexão ou uma teoria da realidade. Esta filosofia pode ser classificada em dois períodos: o cosmológico e o antropológico clássico.

Período Cosmológico

Os mitos gregos são marcadamente concebidos com características semelhantes ao mundo, relações e modos de vida dos homens daquele tempo. Houve entre os gregos uma imensa tradição mitológica oral, que mais tarde foi sistematizado por Homero em suas duas grandes obras: Ilíada e Odisseia. Este saber mitológico "explicava", para a época e para aquele momento histórico, as principais questões da existência humana, da natureza e da sociedade. Explicava a origem dos reis, a própria origem dos homens, a origem do povo grego, das guerras, dos amores, das doenças, enfim, de toda a riqueza de sua cultura. A síntese do mito e a consciência mitológica justificam as estruturas sociais e cimentam as relações de trabalho, parentesco e política entre os gregos.

Período antropológico / clássico

A filosofia, como ciência e atividade humana, no início foi produzida por homens situados em determinados momentos históricos. Nas cidades gregas, aos poucos, a filosofia vai ganhando sua identidade e tomando diferentes funções sociais. A Grécia, após ter passado pela era primitiva, tribal, e pelo período político denominado pólis, que significa cidade-estado, alcançou sua autonomia e independência. Segundo J.P. Vernant, há uma relação entre o surgimento da filosofia e da cidade-estado.na mitologia a filosofia significa o "saber" da Grécia rural, de tradição oral, esparsa e popular, com a instituição da pólis essa filosofia se traduz em uma nova ideologia, uma visão melhor do mundo, mais racional e organizada.. Os filósofos deste período, a começar com os sofistas, cobravam para ensinar; criaram uma nova temática para a filosofia: O Homem, capaz de conhecer. Os filósofos, a começar por Tales de Mileto, passaram pensar, questionar a realidade que os cercava. Passaram a perguntar: por que o Sol aparece no nascente e se põe no poente? Por que acontece o trovão? Será que os acontecimentos da natureza são obra de deuses, ou é possível encontrar uma explicação racional, natural para tudo o que acontece?

Filosofia medieval 

Durante a Idade Média, aconteceu um sincretismo entre as crenças religiosas e o conhecimento clássico. Assim, os filósofos medievais foram influenciados pelas obras de Aristóteles, que foram conservadas e traduzidas pelos árabes Averróis e Avicena. Platão também influenciou o pensamento medieval. Porém, os filósofos da época só conheciam o neoplatônico, pela Filosofia de Plotino do século VI d.C.
A Filosofia medieval abrange o período que vai do século VIII ao século XIV. Durantes esses anos, houve diversos pensadores árabes, europeus e judeus. Uma das características deste período era o domínio da Igreja Romana sobre a Europa, organizando Cruzadas à Terra Santa, sagrando e coroando reis. Outro fator importante foi que a Filosofia medieval passou a ser lecionada nas escolas, ficando conhecida pelo nome de Escolástica, método de pensamento que dominou o ensino entre os anos de 1100 a 1500 d.C.

Patrística (I d.C – VII d.C)

É um período que se caracteriza pelo resultado dos esforços dos apóstolos (João e Paulo) e dos primeiros Padres da Igreja para conciliar a nova religião com o pensamento filosófico mais corrente da época entre os gregos e os romanos. Não obstante, tomou como tarefa a defesa da fé cristã, frente as diversas críticas advindas de valores teóricos e morais dos “antigos”.

Filosofia Medieval (VIII d.C – XIV d.C)

Período bastante influenciado pelo pensamento socrático e platônico. Ocupou-se em discutir e problematizar Questões Universais. É nesse período que o pensamento cristão firma-se como "Filosofia Cristã", que mais tarde se torna [Teologia].

Renascença (XIV d.C – XVI d.C)

É marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média e novas obras de Aristóteles, ainda temos a recuperação de trabalhos de grandes autores e artistas gregos e romanos. As linhas de pensamento são:  Neoplatonismo e Hermetismo; Pensamentos florentinos e por fim o Antropocentrismo iniciático (homem dono do seu destino).
Foi um período marcado por uma efervescência teórica prática, alimentada principalmente por descobertas marítimas e crises politico-culturais que culminaram em profundas críticas à Igreja Católica, que logo evoluíram para Reforma Protestante (a Igreja Católica responde com a Contra-Reforma e com a Inquisição).

Filosofia moderna

Filosofia moderna é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do século XIX, mas a filosofia desenvolvida dentro desse período está fragmentada em vários subtópicos, e escolas de diferentes períodos.
Na modernidade passou-se a delinear melhor os limites do estudo filosófico. Inicialmente, como atestam os subtítulos de obras tais como as Meditações de René Descartes e o Tratado de George Berkeley, ainda se fazia referência a questões tais como a da prova da existência de Deus e da existência e imortalidade da alma. 


Filosofia contemporânea

A Filosofia do século XX trouxe uma série de desenvolvimentos teóricos contrários em relação ao que se refere a validade do conhecimento através de conceitos e abstrações absolutas, isto é, afirmações universais ou leis gerais.
Entretanto, essa filosofia era demasiado diferente para que se possa fixar um padrão, que não seja uma série de tentativas de reformar, preservar ou alterar os limites antes concebidos.
Novos estudos na filosofia da ciência, Filosofia da matemática, Epistemologia acrescentaram aparentemente tendências antagônicas na contabilidade da consciência e seus objetos, como expresso nas profundas diferenças entre filosofia analítica e continental, as quais tiveram lugar em fundações, no início do século.


Filosofia da ciência 

Filosofia da ciência é o campo da pesquisa filosófica que estuda os fundamentos, pressupostos e implicações filosóficas da ciência, incluindo as ciências naturais como física e biologia, e as ciências sociais, como psicologia e economia. Neste sentido, a filosofia da ciência está intimamente relacionada à epistemologia e à ontologia.
Mais do que tentar explicar, tenta problematizar os seguintes aspectos:

  •     a natureza das afirmações e conceitos científicos,
  •     a forma como são produzidos,
  •     os meios para determinar a validade da informação,
  •     como a ciência explica, prediz e, através da tecnologia, domina a natureza,
  •     a formulação e uso do método científico,
  •     os tipos de argumentos usados para chegar a conclusões,
  •     as implicações dos métodos e modelos científicos para a sociedade e para as próprias ciências.

Filosofia da mente  

Filosofia da mente é o estudo filosófico dos fenômenos psicológicos, incluindo investigações sobre a natureza da mente e dos estados mentais em geral. A filosofia da mente envolve estudos metafísicos sobre o modo de ser da mente, sobre a natureza dos estados mentais e sobre a consciência.
Envolve estudos epistemológicos sobre o modo como a mente conhece a si mesma e sobre a relação entre os estados mentais e os estados de coisa que os mesmos representam (intencionalidade), incluindo estudos sobre a percepção e outros modos de aquisição de informação, como a memória, o testemunho (fundamental para a aquisição da linguagem) e a introspecção.
A investigação filosófica sobre a mente não implica nem pressupõe que exista alguma entidade—uma alma ou espírito—separada ou distinta do corpo ou do cérebro, e está relacionada a vários estudos da ciência cognitiva, da neurociência, da linguística e da inteligência artificial.


Filosofia da matemática

Filosofia da Matemática é um ramo da filosofia que tem como propósito responder perguntas do porte de:
  •     Qual a origem dos objetos matemáticos?
  •     Qual o relacionamento entre Lógica e Matemática.
  •     Qual a influência da experiência sobre as abstrações matemáticas?
  •     Como definir o conceito de beleza e elegância que matemáticos associam às demonstrações?
  •     Que raciocínios matemáticos podem ser considerados pensamentos sintéticos à priori, no contexto da filosofia kantiana?

Fonte: www.wikipedia.com - www.infoescola.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário