sábado, 1 de novembro de 2014

A publicação nos Estados Unidos sobre a pesquisa Kant no Brasil, além de ampliar a divulgação dos pesquisadores brasileiros, revela uma maturidade da pesquisa Kant brasileira? Ela estaria se despontando em algum aspecto?

  • Perez- Você destaca um elemento essencial. O livro é um gesto de reconhecimento do nosso trabalho pelos colegas estadunidenses, mas é apenas um possibilitador, uma ferramenta de divulgação. O importante mesmo não é o livro em si, mas o que cada um dos pesquisadores individualmente e os grupos de pesquisa especialmente estudam, discutem e publicam. Os trabalhos de Darley Dall´Agnol ou Julio Esteves sobre moral, os trabalhos de José Heck, Daniel Tourinho Peres e Soraya Nour sobre o direito, os trabalhos de Pedro Pimenta e Joãozinho  Beckenkamp sobre o uso da Teologia e a simbolização no conhecimento, os trabalhos de Pedro Costa Rego e Christian Hamm sobre Estética. Os trabalhos de Raul Landim e João Carlos Brum Torres sobre Filosofia teórica junto ao trabalho de Maria Borges sobre questões antropológicas se somam com os de Loparic, Terra, Rohden e Almeida, mostrando a maturidade do que se pesquisa na Filosofia no Brasil a partir de Kant em diferentes temas e problemas e os resultados aos quais chegamos. No Brasil, temos discussões próprias que dizem respeito a temas específicos com consequências importantes para os estudos internos da filosofia Kantiana, para o problema filosófico e para áreas específicas do conhecimento. Só para dar três exemplos, posso destacar o debate entre Zeljko Loparic e Guido de Almeida sobre a razão e o sentimento moral, o de Julio Esteves e Agnaldo Pavão sobre o conceito de liberdade e o de Ricardo Terra e o meu sobre os fundamentos da história humana.

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